Viana do Castelo com Banco Alimentar Contra a Fome
O Banco Alimentar Contra a Fome de Viana do Castelo foi apresentado no passado dia 16 de Julho, numa sessão pública que decorreu nas suas instalações, situadas na Rua da Veiga, na freguesia da Meadela, em Viana do Castelo, e que contou com a presença da presidente da Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares, Isabel Jonet.
A nova estrutura é a 16º a ser criada no país, que surgiu por iniciativa de uma comissão constituída por 22 membros da região, representada por Manoel Baptista e Fátima Cortez. O contrato de utilização da marca vai ser celebrado no próximo mês de Setembro, prevendo-se que o Banco Alimentar inicie a sua actividade em finais de Novembro, com a realização da primeira campanha de angariação de bens alimentares.
Durante a apresentação, Isabel Jonet, presidente da Federação Portuguesa de Bancos Alimentares, explicou que os bancos alimentares lutam contra o desperdício dos bens, recuperando-os e encaminhando-os gratuitamente para instituições de solidariedade social da região, que os distribuem às pessoas em situação de pobreza. "O objectivo dos bancos alimentares é ir buscar onde sobra para distribuir onde falta”, salientou.
Os bancos alimentares recebem toda a qualidade de bens alimentares, ofertas de empresas, em muitos casos excedentes de produção indústria agro-alimentar, produtos com embalagens deterioradas, géneros com prazos de validade em vias de expiração, excedentes agrícolas e da grande distribuição e contribuições do grande público através de campanhas em supermercados e escolas, fazendo-os chegar a pessoas que se encontram total ou parcialmente afastadas do acesso ao consumo por falta de recursos financeiros.
Neste momento, os bancos alimentares em actividade recolhem e distribuem várias dezenas de milhares de toneladas de produtos e apoiam ao longo de todo o ano a acção de mais de 1.400 instituições de Portugal.
Segundo Manoel Batista, um dos fundadores da estrutura de Viana do Castelo, a actividade do Banco Alimentar vai apoiar de uma forma regular, numa primeira fase, cerca de 20 instituições do distrito de Viana do Castelo, um número que, na sua perspectiva, irá crescer com o desenrolar da actividade da instituição, acrescentando que o próximo passo será mobilizar pessoas e empresas que a título voluntário se queiram associar a esta causa.
Reunir todas as condições logísticas que assegurem o correcto funcionamento da actividade da instituição, nomeadamente empilhadores, balanças, paletes, câmaras de congelação e equipamentos administrativos, é outra das prioridades da comissão, contando, para o efeito, com o apoio de mecenas.
Ciente das necessidades na formação deste tipo de instituição, a Comunidade Intermunicipal do Minho-Lima (CIM Alto Minho) desde logo se associou a esta iniciativa, apoiando o Banco Alimentar através da cedência das instalações/armazém e da disponibilização de uma viatura comercial tipo furgão para apoio à sua actividade. O objectivo foi dar condições de arranque imediato a esta importante estrutura de solidariedade social, para responder aos problemas crescentes de coesão social e permitir aos cidadãos uma participação cívica de voluntariado de grande impacto.