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Música russa, alemã, espanhola e portuguesa invade este sábado igreja de Vila Nova de Cerveira

2019-02-15

A Igreja Matriz de Vila Nova de Cerveira, também conhecida como Igreja de São Cipriano, vai ser o palco, já este sábado, dia 16 de fevereiro, pelas 22h00, de um concerto em que reinará a música erudita - com obras de Tchaikovsky ou Friedemann – passando também por sons espanhóis e, como não podia deixar de ser, obras de autores portugueses, nomeadamente Ilídio Costa e Amílcar Morais. O espetáculo ficará a cargo da Banda de Música de Ponte de Lima, que conta com uma carreira de 45 anos, tendo o estatuto de Entidade de Utilidade Pública atribuída pela Presidência da República Portuguesa desde 1987.

O concerto acontece no âmbito do projeto Sente a História, iniciativa que decorre até julho de 2019 e que está a realizar 30 concertos em 30 locais históricos do Alto Minho, envolvendo mais de 1500 músicos e 10 municípios do Alto Minho. Este é já o décimo oitavo concerto da iniciativa.

Além de permitir uma experiência de história ao vivo, onde a música vai ao encontro da arquitetura dos monumentos, o projeto contempla três linhas de programação (bandas filarmónicas, coros e jovens solistas do Alto Minho em contexto de música de câmara), tendo como objetivo surpreender o público com novas abordagens e novos talentos.

Meia hora antes do concerto, pelas 21h30, realiza-se a visita animada à Igreja da Misericórdia, no interior do Castelo de Vila Nova de Cerveira. Construída no século XVII a mando da Santa Casa da Misericórdia, foi implantada precisamente no interior das muralhas da vila, sendo que hoje se destaca, entre outros aspetos, pela sua magnífica talha dourada neoclássica resultante da remodelação realizada entre 1814 e até 1820.

Outro motivo de destaque desta visita relaciona-se com o facto de na sacristia desta igreja, para além de ser possível apreciar as tábuas restantes do retábulo original, os visitantes terão a oportunidade de ver o famoso cofre das sete chaves que serviu de base à expressão popular "está fechado a sete chaves”.

Pelas 21h45 decorrerá a inauguração da exposição "Caminho Português da Costa" na Biblioteca Municipal.

O concerto, a visita animada e a inauguração da exposição têm entrada gratuita.

*Sobre a Banda de Música de Ponte de Lima
No dia 12 de fevereiro de 1974 foi fundada a associação, sem fins lucrativos, "Grupo de Cultura Musical de Ponte de Lima", tendo sido registada no Cartório Notarial de Ponte de Lima, pelos seguintes sócios fundadores: Alcides Martins Pereira, Padre José Gomes de Sousa, Padre António Pais de Matos Reis, António Fernandes da Cunha Vilas Boas, José Pereira de Sousa, Armando Fernandes da Silva, Manuel Pereira de Sousa, Carlos Pinto da Silva, António Joaquim Mimoso de Morais, Acácio Guerra da Cunha e Ovídio de Sousa Carneiro. 

Esta associação tem como finalidade a instrução, cultura e recreio. Na prossecução do fim de cultura musical foi instituída a filarmónica a designar "Banda de Música de Ponte de Lima". Deste modo, a secular Banda de Música de Ponte de Lima, passou a fazer parte da estrutura da associação, obtendo assim, uma personalidade jurídica e respetivo enquadramento legal. Os estatutos foram publicados no Diário da República, III Série, Nº117, de 22 de maio de 1979.  

A 2 de outubro de 1987 foi atribuído ao "Grupo de Cultura Musical de Ponte de Lima" o estatuto de Entidade de Utilidade Pública assinada pelo Primeiro-Ministro Aníbal Cavaco Silva e publicada no Diário da República Série II, Nº239, de 17 de outubro de 1987. Desde a sua fundação, foram vários os corpos sociais que constituíram esta associação, sempre com a nobre missão de elevar e dignificar a Banda de Música de Ponte de Lima, lutando afincadamente para colocar ao dispor desta todos os recursos necessários, quer humanos quer materiais, de forma a proporcionar a melhor formação musical e artística aos seus executantes e, consequentemente, momentos musicais de distinta qualidade. A associação tem também em funcionamento uma Escola de Música, garantindo a formação contínua dos executantes da Banda de Música de Ponte de Lima e de novos aprendizes.

*Sobre o Maestro Gaspar André Fernandes Pereira Lima
Gaspar André Fernandes Pereira Lima iniciou os seus estudos musicais na Banda de Música de Ponte de Lima. Estudou clarinete na Escola Profissional de Música de Viana do Castelo, Escola Profissional de Música de Espinho e na Escola Superior de Artes Aplicadas do Instituto Politécnico de Castelo Branco. No seu percurso académico trabalhou com os professores: Filipe Silva, Alberto Vieira, Astério Leiva, Mário Bezerra, Luís Carvalho, Carlos Alves e Victor Matos.

Enquanto músico residente da Orquestra do Norte (ON), de 2004 a 2009, realizou concertos por todo o país tocando nas mais importantes salas nacionais. Participou em digressões por Espanha e Alemanha.

Ainda na ON partilhou o palco com maestros e solistas de craveira internacional, sendo de destacar: José Ferreira Lobo, António Saiote, Álvaro Cassuto, Cesário Costa, Victor Matos, Carrasco, Elisabete Matos, António Rosado, Michael Luthiec, Plácido Domingo, Giuseppe Lanzetta, Boris Martinovich, entre outros.

Desde 2007 leciona a disciplina de Instrumento clarinete na Academia de Música Fernandes Fão. Atualmente faz parte da direção pedagógica.

É desde 26 de setembro de 2010 maestro da Banda de Música de Ponte de Lima.

Sobre o "Sente a História”
O programa cultural "Sente a História – Ação Promocional de Música e Património – Novas Abordagens, Novos Talentos” apresenta características inéditas no país. Centrado na capacitação, valorização e no desenvolvimento de competências de diferentes gerações de músicos locais, bem como na criação de novos talentos, o programa decorre de 13 maio de 2018 a 20 de julho de 2019 e envolve os municípios de Arcos de Valdevez, Caminha, Melgaço, Monção, Paredes de Coura, Ponte da Barca, Ponte de Lima, Valença, Viana do Castelo e Vila Nova de Cerveira.

Além de permitir uma experiência de história ao vivo, onde a música vai ao encontro da arquitetura dos monumentos, contempla três linhas de programação (bandas filarmónicas, coros e jovens solistas do Alto Minho em contexto de música de câmara), tendo como objetivo surpreender o público com novas abordagens e novos talentos.
As bandas filarmónicas, com os novos maestros a garantirem o rejuvenescimento desta arte na sequência das ações de capacitação deste programa, vão atuar em contexto de concerto com interpretações surpreendentes com jazz, rock, fado, música barroca, popular ou erudita, em formato acústico ou com o som amplificado.

No que diz respeito aos coros, vai estar também patente o cruzamento da tradição com a inovação. Exemplo disso é o facto de o cantor popular repentista Augusto "Canário” ter escrito as letras das canções que vão invocar as lendas da região. Em paralelo, seis compositores de referência do jazz à música erudita (Afonso Alves, Eurico Carrapatoso, Carlos Azevedo, Fernando Lapa, Mário Laginha e Telmo Marques) compuseram sobre as palavras do sentir tradicional, 10 peças corais polifónicas dedicadas a uma lenda de cada município e, ainda, um Hino do Alto Minho. Vozes de todos os coros da região vão fundir-se no Coro Intermunicipal do Alto Minho, num gran finale a encerrar o projeto em julho de 2019, onde interpretarão todas as canções das lendas e o Hino do Alto Minho.

De modo a fomentar os tesouros patrimoniais do Alto Minho, os dias em que ocorrerem os concertos serão também de património aberto, ocorrendo ainda visitas e tours guiados.   Os horários das aberturas e os locais de interesse a visitar serão divulgados em www.senteahistoria.com, app e nas redes sociais da iniciativa. Em simultâneo irá decorrer um passatempo onde os visitantes poderão registar fotografias suas, tiradas nessas visitas e concertos, habilitando-se a ganhar vouchers para desfrutar em restaurantes da região.

A iniciativa é organizada pela CIM Alto Minho, produzida pela empresa Eventos David Martins e cofinanciada pelo Norte2020 – Programa Operacional Regional do Norte.
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