Municípios da CIM vão procurar informar população sobre condições de migração para a TDT
No sentido de minimizar o impacto junto da população com o processo de transição para a televisão digital terrestre (TDT), os dez municípios integrantes da Comunidade Intermunicipal do Minho-Lima (CIM Alto Minho), vão procurar disponibilizar informação sobre o que é necessário para continuar a ter acesso à televisão a partir de 26 de abril de 2012, data em que o atual sinal analógico será desligado para os quatro canais nacionais.
Esta decisão foi tomada na reunião do Conselho Executivo da CIM, do dia 8 de março, que juntou à mesma mesa o administrador da ANACOM (Autoridade Nacional de Comunicações), Eduardo Cardadeiro, e os representantes de cada município (Arcos de Valdevez, Caminha, Melgaço, Monção, Paredes de Coura, Ponte da Barca, Ponte do Lima, Valença, Viana do Castelo e Vila Nova de Cerveira). Depois de efetuado um ponto de situação sobre a TDT no Alto Minho, os presidentes puderam manifestar as suas preocupações relativas à falta de cobertura TDT em algumas zonas interiores do Alto Minho, o que obriga a custos adicionais no acesso a este serviço, não comportáveis por muitas famílias.
Segundo Eduardo Cardadeiro, existe uma pequena percentagem da população portuguesa que não terá acesso à nova televisão digital por via terrestre, uma vez que não existe viabilidade técnica para a cobertura TDT de todo o território nacional. Para estas situações, o serviço de televisão digital com os canais gratuitos nacionais, será assegurado através de uma tecnologia alternativa, ou seja, de TDT complementar via satélite. Assim, o primeiro passo a dar, por quem não tem serviços privados de TV por cabo ou satélite, é, no entender do administrador da ANACOM, informar-se junto dos serviços da PT se a sua área de residência está numa zona de receção direta - "zona TDT ” - ou de receção por satélite – "zona DTH” - e que equipamento pode utilizar em sua casa.
Se estiver numa zona coberta pela TDT e não possuir um televisor adaptado, terá de comprar um aparelho descodificador e, eventualmente, uma antena interior ou exterior de receção UHF. Se não for este o caso, a passagem para a TDT não tem quaisquer custos, podendo apenas implicar a reorientação da antena existente para o emissor digital. Por sua vez, para quem não tem televisão paga e se encontra nas zonas sem cobertura TDT (zona DTH), terá de optar por uma solução de TDT complementar e pela instalação de uma parabólica.
Eduardo Cardadeiro informou, ainda, que os custos com a aquisição de equipamento TDT poderão ser comparticipados em 50 por cento para alguns grupos específicos da população, designadamente beneficiários do Rendimento Social de Inserção, reformados ou pensionistas com rendimentos inferiores a 500€ mensais, pessoas com grau de deficiência comprovado igual ou superior a 60 por cento e ainda instituições de carácter social e sem fins lucrativos. Nestes casos, o valor da comparticipação nunca será superior a 22 euros e será atribuído uma única vez por cada casa desde que não tenha TV paga.
Nos próximos dias a ANACOM irá facultar informação sobre a situação da TDT em cada um dos municípios do Alto Minho, para que estes possam esclarecer dúvidas e orientar os cidadãos (em particular os mais carenciados) na preparação da entrada da TDT em suas casas.
Refira-se ainda que a ANACOM tem um número grátis de atendimento permanente para a TDT – 800 200 838 e um sítio na Internet ( www.tdt.telecom.pt), onde todas as pessoas podem obter informações quer sobre a cobertura na sua área de residência, quer sobre que diligências podem ser desenvolvidas no caso de não existir acesso ao TDT.