CIM não aceita que as SCUT do Alto Minho sejam as primeiras a ser portajadas
Reunido no passado dia 23 de Setembro, em Ponte de Lima, o Conselho Executivo da Comunidade Intermunicipal do Minho-Lima (CIM Alto Minho) aprovou, por unanimidade, uma declaração conjunta na qual diz não aceitar que o Alto Minho seja a primeira NUT a ter as suas infra-estruturas portajadas, considerando um contrassenso que a cobrança arranque numa das regiões com mais problemas de desenvolvimento do País.
Registando um dos mais baixos indicadores de desenvolvimento, com o PIB per capita de 63,4% da média nacional, e tendo o Governo definido um gradualismo na introdução de portagens, o presidente do Conselho Executivo da CIM, Rui Solheiro, considera que o Alto Minho deve ser a última região do País a acolher a introdução de portagens nas suas infra-estruturas, designadamente na A28 e A27 (SCUT Viana do Castelo/Ponte de Lima). "Uma Região menos desenvolvida como a nossa deve ser das últimas a ser penalizada”, reiterou.
Segundo Rui Solheiro, a construção e disponibilização de auto estradas sem custo para o utilizador teve como objectivo apoiar o desenvolvimento económico das regiões mais desfavorecidas do País, razão pela qual esse apoio deve ser prolongado o maior tempo possível no Alto Minho.
Apesar de ser solidária com todas as parcelas do território nacional e de estar consciente do difícil momento que o país vive, a CIM não concorda com o calendário adoptado pelo Governo para a introdução de portagens e sublinha que a politica de isenções pensada prejudica, no Alto Minho, os territórios de economia mais frágil, pelo que propõe que as referidas isenções sejam extensíveis a todos os municípios da Região.
A CIM Alto Minho entende ainda que uma vez assumido o processo de cobrança de portagens na A28, deixa de fazer sentido a não articulação plena da A28 com a A3, devendo-se desta forma concluir esta via até Valença, conforme o determinado no Plano Rodoviário Nacional.
Esta tomada de posição conjunta dos municípios da CIM será dada a conhecer ao primeiro-ministro, José Sócrates.